Letícia Ribeiro*
Hoje, em pleno século XXI, ainda temos que nos deparar com perguntas que poderiam ter respostas simples e claras, mas são praticamente impossíveis de responder, de crer, ou de praticar.
Desde a Grécia antiga, e grandes outras civilizações, nos deparamos com a necessidade de educar. Nós mesmos, e uns aos outros.
A educação grega era voltada para uma individualidade perfeita e independente. Grandes e importantíssimos filósofos daqueles tempos são base, até hoje, de nossas sociedades e ciências. A preparação para o desenvolvimento intelectual da personalidade e da cidadania era muito valorizada e necessária para o ser humano, sua virtude e moral.
A educação romana dependia de quem estivesse em casa. Pais e mães eram os principais responsáveis pela educação de seus filhos. A escola organizada ainda não existia, logo, a diferença de escolaridade entre pessoas era grande.
Se você pesquisar no Google, uma grande e útil ferramenta usada por estudantes de hoje em dia, encontraremos a seguinte definição de qual seria o papel da escola: "A escola traz junto de seus objetivos a formação do caráter, valores e princípios morais, que direcionará o aluno a utilizar os conhecimentos aprendidos de maneira eficaz, para que sejam aplicados em favor da sociedade e de uma realidade melhor para todos."
Me parece irônico a citação "a utilizar os conhecimentos aprendidos de maneira eficaz" uma vez que não aprendemos, de fato, coisa alguma.
Somos tratados como máquinas, pessoas que devem decorar em tempo recorde coisas que jamais usarão na vida. O objetivo não é mais a melhora da sociedade, e sim o vestibular X, Y, Z.
"Os melhores anos da vida de seu filho" - slogan da escola. Uma mentira. Várias mentiras.
Por muito tempo defendi minha escola como minha casa. Lugar onde muitas coisas foram criadas, transformadas. Novas coisas aprendidas, novas paixões descobertas, novas pessoas para se conhecer e, quem sabe, amar. Mas hoje, e não só hoje, me vejo cercada de hipocrisia.
Seria o papel da escola escolher nossos amigos? Seria o papel da escola dizer quem é bom para você, quem te desvia do caminho, quem atrapalha? Seria o papel da escola julgar as pessoas por suas escolhas? Puni-las e tornar a vida delas um inferno só por que uma ou duas pessoas acham que estão certas? Seria papel da escola dizer quem amar ou em que medida amar?
Seria papel da escola “escolher por nós ou nos ensinar a escolher? ”
Afinal, onde foi parar a individualidade perfeita e “independente? ”
Desde a Grécia antiga, e grandes outras civilizações, nos deparamos com a necessidade de educar. Nós mesmos, e uns aos outros.
A educação grega era voltada para uma individualidade perfeita e independente. Grandes e importantíssimos filósofos daqueles tempos são base, até hoje, de nossas sociedades e ciências. A preparação para o desenvolvimento intelectual da personalidade e da cidadania era muito valorizada e necessária para o ser humano, sua virtude e moral.
A educação romana dependia de quem estivesse em casa. Pais e mães eram os principais responsáveis pela educação de seus filhos. A escola organizada ainda não existia, logo, a diferença de escolaridade entre pessoas era grande.
Se você pesquisar no Google, uma grande e útil ferramenta usada por estudantes de hoje em dia, encontraremos a seguinte definição de qual seria o papel da escola: "A escola traz junto de seus objetivos a formação do caráter, valores e princípios morais, que direcionará o aluno a utilizar os conhecimentos aprendidos de maneira eficaz, para que sejam aplicados em favor da sociedade e de uma realidade melhor para todos."
Me parece irônico a citação "a utilizar os conhecimentos aprendidos de maneira eficaz" uma vez que não aprendemos, de fato, coisa alguma.
Somos tratados como máquinas, pessoas que devem decorar em tempo recorde coisas que jamais usarão na vida. O objetivo não é mais a melhora da sociedade, e sim o vestibular X, Y, Z.
"Os melhores anos da vida de seu filho" - slogan da escola. Uma mentira. Várias mentiras.
Por muito tempo defendi minha escola como minha casa. Lugar onde muitas coisas foram criadas, transformadas. Novas coisas aprendidas, novas paixões descobertas, novas pessoas para se conhecer e, quem sabe, amar. Mas hoje, e não só hoje, me vejo cercada de hipocrisia.
Seria o papel da escola escolher nossos amigos? Seria o papel da escola dizer quem é bom para você, quem te desvia do caminho, quem atrapalha? Seria o papel da escola julgar as pessoas por suas escolhas? Puni-las e tornar a vida delas um inferno só por que uma ou duas pessoas acham que estão certas? Seria papel da escola dizer quem amar ou em que medida amar?
Seria papel da escola “escolher por nós ou nos ensinar a escolher? ”
Afinal, onde foi parar a individualidade perfeita e “independente? ”
* Letícia Ribeiro é estudante do 3º ano do ensino médio em São Paulo