Não que a política tenha se tornado séria, nem nessas nossas plagas, nem alhures. O que acontece é que as editorias de ciências devem ter buscado reforços ou baixou um Stanislaw Ponte Preta nas redações.
Essa semana veio em dose dupla.
Você parou e leu de novo, não foi isso ? Quando li eu também. Imediatamente me lembrei da cidade de Belém do Pará, a máxima local é que lá quando não chove todo o dia, chove o dia todo. A incidência de autismo deve ser brutal. Um amigo disse que Ubachuva (apelido carinhoso de Ubatuba) vai se chamar Ubautismo.
Até entendo que cada cientista quer ser o primeiro a descobrir o que causa o autismo (até hoje, um mistério), mas já estão apelando para a ignorância. Deve ser um candidato sério ao IgNobel.
Mas teve mais. O jornal da Ciência publicou uma matéria a respeito de doping. Não era nenhum estudo sobre os atletas olímpicos nem sobre a Volta da França, o público que anda fazendo uso de estimulantes para melhorar seu desempenho são os cientistas e estudantes.
Uma pesquisa mostrou que 20% dos cientistas usam algum tipo de bolinha como anabolizante cerebral. Daqui a pouco os candidatos a mestrado e doutorado vão ter de passar por exames de anti-doping antes de defenderem suas teses (será que alguma sobre o uso das drogas ?)
Mas não só os pesquisadores de ponta é que usam trapaças químicas, outros estudantes também. E não é a velha combinação de café com coca-cola para passar a noite estudando, mas metilfenidatos e modafinilos.
Podem esperar que, em breve, as faculdades vão começar a sortear candidatos dos vestibulares para um xixi básico depois das provas. Pais vão começar a dopar os filhos em época de provas.
O limite vai ser a análise das fraldas dos berçarios pela WADA.
Descrição de imagem : linha de partida de uma corrida, o juiz ao invés de um revolver, tem uma seringa apontada para cima.
A ciência tem trazido tantas novidades, que ando preferindo ir ao museu...
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