Algumas manchetes dessa semana, extraídas de jornais tradicionais (e não de tabloides sensacionalistas):
Jovem denuncia estupro dentro de camarote de rodeio em SP
Mulher descongela geladeira e encontra corpo de bebê escondido
Não sei exatamente em que universo você vive, nem qual é a sua relação com a realidade, mas eu vivo em um universo e em uma realidade em que as pessoas vivem pedindo atitudes mais humanas.
Querem relacionamentos mais humanos, gestões humanizadas, atendimento humano e, pasmem, alguns até esperam que os robôs possam ser mais humanos.
Como se o ser humano fosse um ideal de perfeição ou humanizar algo fosse o nirvana a ser alcançado por uma espécie que nesses últimos 10 mil anos demonstrou ser um retumbante desastre (ainda que, como diz o mestre Mariotti, possa ter tido surtos intermitentes de lucidez).
Humanidade que, desde as suas origens mitológicas, teológicas ou históricas se pautou pela violência, pelo homicídio, pelas guerras, pela destruição do seu entorno.
Animais que evoluíram, dizem alguns. Se isso é evolução, teria sido melhor se não tivéssemos ultrapassado a fase dos aminoácidos (tudo bem, eu concordo, vários outros seres vivos ultrapassaram essa fase sem terem se tornado o que somos, alguns são até bichos bem simpáticos).
Humanos que somos arrogantes, vaidosos, egoístas, manipuladores, agressivos, interesseiros...e o restante da lista eu deixo por conta da sua imaginação.
As chamadas virtudes morais, éticas, teologais ou filosóficas não passam daquilo que os falantes da língua inglesa chamam de wishful thinking, um pensamento desejável, mas ilusório, como se a humanidade fosse uma legião de anjinhos carinhosos.
Não conheço outros seres vivos que agridam ou matem seus semelhantes por prazer. Nem que destruam seu habitat.
Portanto, na próxima vez que for defender mudanças, refira-se a elas como um mundo menos desigual, uma liderança mais respeitosa, uma gestão menos exploradora. Mas não como algo mais “humano”.
De humanista já basta a estupidez.
Descrição de imagem: crianças fugindo da guerra em uma paisagem de seca
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"Censura é o uso pelo estado, grupo ou indivíduo de poder, no sentido de controlar e impedir a liberdade de expressão. A censura criminaliza certas ações de comunicação, ou até a tentativa de exercer essa comunicação. No sentido moderno, a censura consiste em qualquer tentativa de suprimir informação, opiniões e até formas de expressão, como certas facetas da arte"
Como bem diz a Cristiana Soares no seu ótimo "Como lidar com o anonimato nos comentários" , o processo de aceitar posts anônimos nem sempre é fácil. Eu optei por permitir que qualquer um escreva seus comentários sem censura.
Mas fica um "disclaimer", ao estilo do mencionado no artigo :
Eu me reservo o direito de excluir comentários e textos que julgar ofensivos, difamatórios, caluniosos, preconceituosos, que sejam de alguma forma prejudiciais a terceiros ou textos de caráter promocional. Baixo calão fora de contexto idem ibidem.