quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O destino do dinheiro público

A movimentação das redes de escolas especiais segregadas contra a ida de alunos com deficiência para escolas comuns é muito forte.

É gente que tem poder político e econômico para bancar esse tipo de mobilização (não, não me digam que se trata de mobilização popular, essa alegação não cola, especialmente comigo que trabalho com mídias há muitos anos)

Agora, olhem só que interessante o funcionamento desse discurso

As escolas da rede pública dizem não estão preparadas para receber alunos com deficiência . Argumento reforçado continuamente pela escola especial.

Quem se diz bom para fazer isso são as escolas especiais... elas é que sabem como lidar com esse "ET´s" que são as pessoas com deficiência.

Mas quem vai dar aula na escola especial são os professores da rede pública, pagos pelo estado. A notícia é da RBS, falando de um convênio em Santa Catarina onde "a Secretaria de Educação vai ceder professores da rede estadual para atuarem nas Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) e Associação dos Amigos do Autista (AMA)".

A pergunta que fica é: quem é que está ganhando com essa jogada??

Certamente não são os alunos que vão para espaços segregados , quando poderiam ter o apoio desses mesmos professores especializados dentro das escolas comuns.

Por que o dinheiro público é usado para financiar entidades privadas e não uma escola pública de qualidade para todos?

Claro que vai ter gente querendo me convencer do contrário. Mas não existem argumentos que justifiquem o desvio da verba pública para privilégios.

Descrição da imagem: moedas escorrendo por um ralo

3 comentários:

Unknown disse...

Fábio,a privatização do espaço e do dinheiro público é prática corrente no Brasil. Não só a Educação vem sendo privatizada mas outros serviços essenciais, que deveriam estar sob a gestão do Estado, como a Saúde, também estão nas mãos da iniciativa privada. Os governos alegam que a prática reduz custos. O contribuinte, que acompanha diariamente os escândalos e farras promovidas pelos políticos, sabem que nomeações competentes e íntegras é que garantiriam o choque de gestão à redução de custos e otimização dos serviços.

Vilma A. de Mello disse...

Um problema antigo que não atinge somente a educação, uma vergonha

abraço

Vilma

Celina Bartalotti e Barbara Cristina Mello disse...

Pois é Fabio. São as incoerências que a gente vai observando. Ai vamos cada vez mais entendendo que esse discurso do "não estou preparado" muitas vezes é o discurso do "aqui não é lugar deles"...

abraços

Celina