sábado, 24 de maio de 2008

Por uma educação especial


A diferença entre homens e mulheres é exatamente de um gene, existente apenas no homem, chamado TDF (em português, Fator Determinante de Testículos). No embrião do sexo masculino, o TDF se manifesta na sétima semana; até então, segundo os geneticistas, o embrião é "sexualmente indiferente".

O que isso quer dizer ? Que uma diferença genética deve mudar toda a forma como são tratados homens e mulheres, a começar na educação formal.

Afinal de contas, se tantas pessoas defendem uma educação diferenciada para pessoas com diferenças géneticas, por que não uma educação especial para mulheres? ou para homens? Certos estavam os nossos antepassados que defendiam escolas separadas por gênero. O que eles não sabiam é que também era necessária uma metodologia específica. Descoberta que revolucionará toda a pedagogia.

Proponho que a questão de gênero passe a ser contemplada pelas secretarias de educação especial em todos os níveis. Desde a definição de currículos (ou será que basta fazer adequações curriculares ?), passando pelas avaliações (o ENEM passaria a ter a versão ENEMM e a versão ENEMF, como as portas de banheiros) até chegar em terminalidades específicas para cada um dos lados. Homens poderão ir só até a livre docência, mulheres serão titulares (para que ninguém me acuse de machismo)

A didática deve ser toda reformada. A partir dessa definição precisamos que os pesquisadores desenvolvam cartilhas de alfabetização diferentes para machos e fêmeas. Isso vai gerar um boom do mercado editorial de livros didáticos, já imaginaram os lucros ?

Matemática para mulheres. Geografia para homens. Podemos segmentar também por etnias (não uso o termo raça porque acredito que somos todos da mesma raça, a humana). Química para mulheres negras deve ser diferente da química para mulheres caucasianas, afinal o projeto genoma vai provar, mais hora, menos hora, que existem diferenças, ainda que mínimas entre essas duas origens.

Pensando bem, as mulheres, caucasianas, também podem ter outras diferenças genéticas. Quem sabe um método de ensino de história para mulheres caucasianas de olhos verdes, diferente do que for usando para as que tem olhos castanhos ?

Claro, as mulheres caucasianas de olhos verdes, podem ter cabelos de cor diferente, nesse caso, mais uma especialização educacional. Se além de diferirem em gênero, etnia, cor dos olhos e de cabelos, elas podem ter pesos e alturas diferenciadas. Acho que vou abrir uma escola especial para mulheres caucasianas de olhos castanhos, cabelos ruivos, altas e de compleição mediana. Vai ser um sucesso.

A grande vantagem disso, é que se conseguirmos segmentar o bastante, teremos certeza de que todos os indivíduos daquele segmento poderão ser tratadas de maneira absolutamente homogênea. Não ? Podem existir formas diferentes de aprender mesmo entre os idênticos ?

Nesse caso, o limite da segmentação será uma didática e uma pedagogia para cada indivíduo, o que talvez transforme a produção de livros didáticos em algo inviável em termos de custos. Que pena.

Claro, que homogeneizar o que é heterogêneo é uma estupidez, isso é óbvio para qualquer educador, nem preciso me deter nessa questão. Acho que preciso pensar um pouco mais em como viabilizar esse ensino em meio à diversidade, será que seres tão constrastantes entre si conseguem aprender juntos num mesmo espaço educacional ?

Você tem razão, acho que a escola não tem futuro se não souber lidar com a questão da diversidade. Não vou ficar rico imprimindo livros didáticos especiais, nem vou conseguir público suficiente para minha escola de ruivas.

A menos que comecem rapidamente a clonar seres humanos.
Descrição da imagem : desenho de Homer Simpson junto a um monte de clones seus

6 comentários:

Anônimo disse...

A idéia é muito relevante, se bem que para um pregador da inclusão, você deu uma destoada, salvo engano.

Uma vez, fui escalado para dirigir o treino de uma equipe profissional de futebol, aí pertinho de sua casa, durante um estágio. Dividi o pessoal por características, os mais velozes foram treinar contra ataques, municiados pelos melhores passadores e os mais lentos, mas mais resistentes, treinaram recuperar bola e caminhar trocando passes, de uma campo para o outro. No fim, o técnico da equipe (Oswaldo Brandão) me parabenizou, mas fez o seguinte comentário: desse jeito, você vai tirar o meu emprego.

Fábio Adiron disse...

Lou

O direito à educação é um direito inalienável do ser humano. Não permite discriminação por qualquer característica.

Jogar futebol é opcional. Eu jogava mal, mas era um excelente goleiro.

Coisas de Pat Artesanias Bauru disse...

Fábio:
Realmente, excelente abordagem. Mas cuidado, sempre tem quem se aproveite de uma idéia para ganhar dinheiro e/ou votos...
Pat

Arimar disse...

Ops.
Essa sua reflexão assustou.

Unknown disse...

Quase assustei com a chamada do Blog.
mas mexeu, virou e deu nisso,
"O que isso quer dizer ? Que uma diferença genética deve mudar toda a forma como são tratados homens e mulheres, a começar na educação formal.
Ainda,( e acredito que a esta altura do campeonato, não mude), que detalhes desse tipo, enquanto vistos , continuarão cegando. mas quem sou eu pra dizer, sem nem me localizo no tempo?

bijo

Anônimo disse...

Você está totalmente por dentro da educação atual.
Só para saber: você já fez algum curso de capacitação? Se não, podemos ver algo nesse sentido, uma pós graduação em mulheres caucasianas de olhos verdes, te arrumam até um professor phd no assunto...kkkkkk.Outra coisa, acho bom você ter aulas especiais com uma nutricionista, dizem que essas mulheres tem um cardápio super diferente e hábitos alimentares bizarros como comer a ponta da caneta, e não esqueça de aprender neurologia elas tem um comportamento muito esquisito quando vão ao shopping, sem falar que é de suma importância que você entenda também de fisioterapia e fonoaudiologia elas jamaís conseguirão aprender se não souberem andar ou falar, então meu amigo para tal atividade, esqueça a pedagogia , ela de nada lhe servirá...kkkkkkk

Ps: Vigostky deve estar se revirando no túmulo.