A primeira vez que eu vi essa prática foi em Buenos Aires há uns dez anos.
Estava num táxi e, olhando para um parque, reparei num fato curioso. O motorista deve ter notado minha expressão de surpresa e me falou : "- São passeadores de cachorros, as pessoas pagam para que alguém leve seus cães para passear e fazer as necessidades".
Lembro que, já naquela época, me perguntei que tipo de pessoa que tendo um cachorro, terceiriza as atividades mais básicas da relação dono/mascote ?
Não demorou muito, comecei a ver a mesma cena nas ruas de São Paulo. Rapazes e moças atléticos (se não o fossem não teriam braço para segurar tantos bichos) caminhando com 4 ou 5 cães. Já cheguei a ver um com 8 ao mesmo tempo.
E ainda não consegui entender porque alguém se dá ao trabalho de comprar um cachorro...para pagar alguém que cuide dele. Até parecem certas famílias que terceirizam os seus filhos...
Logo de cara pagam para que alguém tome conta dos miúdos, afinal esse pais não podem mudar seus estilo de vida só porque esses pequenos seres irromperam nas suas vidas.
Não demora muito para chegarem no auge da terceirização. A escola.
Não que a educação formal deva ser provida pelos pais. Lugar de ensino e aprendizagem é dentro das classes. E cabe à escola a tarefa de ensinar.
Mas a escola virou o lugar onde as crianças vão tirar as fraldas, onde espera-se que descubram que a vida tem limites.
Também é na escola que muitos pais depositam suas esperanças de que as crianças aprendam a usar os talheres, a se comportar em público e até terem sua orientação religiosa.
Aí a escola passa a ser provedora também de uma série de serviços que nada têm a ver com a educação. Transforma-se em espaço terapêutico, centro de apoio moral e psicológico.
Os professores, ao invés de se dedicar à pedagogia, passam a ser capacitados em diagnósticos clínicos e comportamentais.
Os professores que sejam, atléticos o suficiente para, além das suas funções pedagógicas, darem às crianças tudo aquilo que lhes é negado nos lares.
No fundo, viramos passeadores de....crianças.
Estava num táxi e, olhando para um parque, reparei num fato curioso. O motorista deve ter notado minha expressão de surpresa e me falou : "- São passeadores de cachorros, as pessoas pagam para que alguém leve seus cães para passear e fazer as necessidades".
Lembro que, já naquela época, me perguntei que tipo de pessoa que tendo um cachorro, terceiriza as atividades mais básicas da relação dono/mascote ?
Não demorou muito, comecei a ver a mesma cena nas ruas de São Paulo. Rapazes e moças atléticos (se não o fossem não teriam braço para segurar tantos bichos) caminhando com 4 ou 5 cães. Já cheguei a ver um com 8 ao mesmo tempo.
E ainda não consegui entender porque alguém se dá ao trabalho de comprar um cachorro...para pagar alguém que cuide dele. Até parecem certas famílias que terceirizam os seus filhos...
Logo de cara pagam para que alguém tome conta dos miúdos, afinal esse pais não podem mudar seus estilo de vida só porque esses pequenos seres irromperam nas suas vidas.
Não demora muito para chegarem no auge da terceirização. A escola.
Não que a educação formal deva ser provida pelos pais. Lugar de ensino e aprendizagem é dentro das classes. E cabe à escola a tarefa de ensinar.
Mas a escola virou o lugar onde as crianças vão tirar as fraldas, onde espera-se que descubram que a vida tem limites.
Também é na escola que muitos pais depositam suas esperanças de que as crianças aprendam a usar os talheres, a se comportar em público e até terem sua orientação religiosa.
Aí a escola passa a ser provedora também de uma série de serviços que nada têm a ver com a educação. Transforma-se em espaço terapêutico, centro de apoio moral e psicológico.
Os professores, ao invés de se dedicar à pedagogia, passam a ser capacitados em diagnósticos clínicos e comportamentais.
Os professores que sejam, atléticos o suficiente para, além das suas funções pedagógicas, darem às crianças tudo aquilo que lhes é negado nos lares.
No fundo, viramos passeadores de....crianças.