Nessa semana eu recebi de uma amiga o endereço de um blog (que eu não vou repetir aqui) em defesa da educação especial inclusiva.
Antes de abrir a página eu já sabia que estavam em contradição, em bom português chamamos isso de oxímoro, dois conceitos opostos numa só expressão. Não podia ser boa coisa.
Como eu sou curioso eu entrei no site. E, dentre as pérolas que encontrei por lá, a mais absurda dizia o seguinte:
"Sempre lutamos por esta inclusão, mas para os alunos que acompanham o desenvolvimento das propostas curriculares das classes comuns do ensino regular."
Ou seja, é a turma que defende a inclusão para quem não precisa dela. E que quer manter excluídos apenas os que precisam de inclusão.
Partem do princípio clássico de que são os excluídos que devem se adequar à sociedade. Afinal, se estão excluídos a culpa é deles, quem mandou ser pessoa com deficiência?
Dentro da mesma lógica, acredito que, em breve vão surgir novos movimentos na mesma direção.
Podemos desenvolver o o livro acessível impresso, especialmente para cegos que enxerguem. A língua brasileira de ruídos para surdos que ouçam e, quem sabe um bom arquiteto não crie a rampa em degraus para cadeirantes que andem.
Acho legítimo que algumas pessoas acreditem na segregação (não concordo de forma alguma, mas é um direito deles pensar assim), seja por ideologia, seja por interesse econômico (existe ideologia dissociada de algum interesse?)
Agora, em relação aos hipócritas, como os que querem passar por inclusivos garantindo a segregação que os beneficia, só posso esperar que ardam no fogo e enxofre do Hades.
Descrição da imagem: uma pessoa que se esconde por trás de uma máscara branca
6 comentários:
Hallelluiah!!! Obrigada por me dar de volta a minha sanidade, porque ás vezes eu vejo estas pessoas defenderem a inclusão e fazem-no com tanto frevorismo que eu me acabo por sentir culpada de não os conseguir apoiar.
Explicou muito melhor do que eu algum dia poderia....
Será que poderei para divulgar o seu texto?
Claudia Dias
Parece que quanto mais a gente reza...
Que absurdo!
Claudia: citando a fonte sempre pode distribuir os textos.
Vilma: sera que a gente precisa parar de rezar?
Olá!!
Já procurei muitos caminhos, mas o caminho está dentre d nos, se os proprios Pais tem preconceitos e não tem coragem de luta, fica dificil diminuir a discriminação...adorei as suas ideias..."Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta." [Gabriel Pensador]
Essas coisas estão piores do que crise de piolhos em classe de pré escola.Nunca vi tanto curso, palestra, blog, etc sobre Educação Inclusiva, mas com uma abordagem totalmente segregadora e porque não dizer :cínica mesmo.
Fabio e Vilma: Da minha parte vou continuar rezando e fazendo outras coisas mais...
Beijos.
Prezados,
Sabedores das dificuldades que os alunos de educação especial ainda enfrentam os autores lançaram recentemente o livro "Educação Especial e Sistema Jurídico Brasileiro", obra inédita, com o intuito de posicionar pais, alunos, professores e cidadãos sobre o sistema jurídico que dá a necessária guarida para a educação inclusiva no Brasil. Trata-se pois de uma obra para leigos em Direito.
Atenciosamente,
Os autores
Educação Especial e Sistema Jurídico Brasileiro
Uma análise da legislação brasileira para a Educação Inclusiva
Por: Julis Orácio Felipe e Rosana Cristine de Limas Felipe
A educação especial no Brasil ainda engatinha, apesar dos esforços de muitos profissionais. Após o esforço conjunto de várias pessoas ao redor do planeta ainda é possível perceber a discriminação e a falta de iniciativa do poder público para promover não somente a educação inclusiva mas para coibir todas as formas de discriminação existentes. Há ainda um longo caminho a percorrer. A proposta dessa obra é facilitar aos profissionais envolvidos com o tema a compreensão do sistema jurídico brasileiro voltado para a temática.
www.clubedosautores.com.br
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