Você vibrou quando aquele atleta com deficiência múltipla foi campeão de alguma modalidade paraolímpica. A imprensa também, afinal, aquele ser que no cotidiano era relegado a ser um cidadão de terceira classe, de repente virou um herói nacional.
Talvez sua heroína seja
aquela moça preta e pobre que saiu da periferia da periferia e agora está se
graduando em Harvard ou no MIT.
Também pode ser o jovem autista que ganhou um prêmio num concurso de televisão.
Por incrível que ainda pareça, pode até ser aquela mulher que tornou-se CEO de uma multinacional importante.
Em todos esses (e outros) casos, o que circula no seu consciente ou inconsciente, é de que essas pessoas nunca poderiam ter chegado aonde estão, e por isso devem ser louvadas e adoradas.
Pior do que esses casos, chamados de notáveis, também se repetem nas atividades mais elementares, e tratamos como heróis até aquelas pessoas com deficiência intelectual que aprenderam a ler e escrever (se foram além disso, começam até a aparecer nos jornais e nos filminhos do Instagram.
Vamos combinar uma coisa? Se esse é o seu olhar sobre a diversidade, você está sendo profundamente preconceituoso. O seu pré conceito é justamente é de que pessoas assim não poderiam fazer o que fazem, ou chegar onde chegaram.
Ah...sei, mas você é uma pessoa do bem e gosta de afagar o ego daqueles que você mesmo marginaliza, assim você pode juntar muitos likes reproduzindo esses posts piegas e, quem sabe, até virar um especialista em diversidade.
Poupe-me!
Descrição da imagem: figura do herói Hércules, em desenho animado da Disney. Um homem forte e confiante.
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